[LISTA] ELENA FERRANTE INDICA SEUS LIVROS FAVORITOS ESCRITOS POR MULHERES

[LISTA] ELENA FERRANTE INDICA SEUS LIVROS FAVORITOS ESCRITOS POR MULHERES

Lista publicada no Bookshop.org inclui a escritora brasileira Clarice Lispector (foto).

 

No final do ano passado, a escritora italiana Elena Ferrante, autora de A amiga genial, publicou uma lista com seus 40 livros favoritos escritos por mulheres. Desde então, os títulos têm inspirado (e aumentado) a lista de leitura de muitos fãs da escritora. Se você acompanha perfis literários nas redes sociais, já deve ter visto algo como #FerranteIndica ou #ListaFerrante por aí.

Ferrante disse que suas escolhas foram definidas pelo tema “histórias de mulheres com dois pés, às vezes com um, no século XX” e são obras que abrangem escritoras de diversas partes do mundo.

A lista de Elena Ferrante foi publicada originalmente na Bookshop.org, plataforma que reúne livros de editoras independentes e imediatamente foi replicada por sites mundo afora. Aqui, optamos por reproduzir não só a lista dos livros, mas também as sinopses dos títulos e o link para compra na Amazon (que nos rende uma pequena comissão sem que você pague nada a mais por isso).

 

Confira a lista completa abaixo:

 

Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie

“Lagos, anos 1990. Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra. Quinze anos mais tarde, Ifemelu é uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego à sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze. Quando ela volta para a Nigéria, terá de encontrar seu lugar num país muito diferente do que deixou e na vida de seu companheiro de adolescência. Principal autora nigeriana de sua geração e uma das mais destacadas da cena literária internacional, Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma história de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero. Bem-humorado, sagaz e implacável, Americanah é, além de seu romance mais arrebatador, um épico contemporâneo. “Em parte história de amor, em parte crítica social, um dos melhores romances que você lerá no ano.” – Los Angeles Times “Magistral… Uma história de amor épica…” – O, The Oprah Magazine Vencedor do National Book Critics Circle Award. Eleito um dos 10 melhores livros do ano pela NYT Book Review. Há mais de 6 meses nas listas de best-sellers. Direitos para cinema comprados por Lupita Nyong’o, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por Doze anos de escravidão.” Compre aqui.

 

O assassino cego, de Margaret Atwood

“A irmã mais velha de Laura Chase, Iris, casou-se aos dezoito anos com um industrial politicamente influente. Agora, aos oitenta e dois anos de idade, morando em Port Ticonderoga, uma cidade dominada por sua outrora próspera família, tem de enfrentar problemas de pobreza e saúde. Enquanto aprende a lidar com um corpo não confiável, Iris reflete sobre sua vida, pouco exemplar e, em especial, sobre os eventos relacionados à morte trágica da irmã. Dentre eles, o mais importante foi a publicação de O assassino cego, um romance que garantiu a Laura Chase não apenas a fama, mas um devotado culto. Um culto cujos reflexos atingem a própria Iris, que admite viver na “longa sombra projetada por Laura”. Sexualmente explícito para o seu tempo, O assassino cego descreve um arriscado amor entre uma jovem rica e um fugitivo, nos turbulentos anos 1930. Durante seus encontros secretos em quartos de aluguel, os amantes criam uma trama folhetinesca ambientada no planeta Zicron. Enquanto o leitor acompanha a narrativa inventada por um verdadeiro labirinto de sacrifícios e traições, a história real se desenrola. Ambas parecem perigosamente próximas e projetam-se na direção da guerra e da catástrofe. Simultaneamente dramático, sedutor e engraçado, O assassino cego é um romance marcado pelo microscópico poder de observação de Atwood. A um tempo natural e sofisticadamente elaborada, a prosa de Atwood é capaz de transformar detalhes em impressionantes metáforas, repletas de humor vigoroso, requintado e excêntrico. É Margaret Atwood em sua melhor forma.” Compre aqui.

 

The Enlightenment of the Greengage Tree, de Shokoofeh Azar

[sem edição em português] “From the pen of one of Iran’s rising literary stars, The Enlightenment of the Greengage Tree is a family story about the unbreakable connection between the living and the dead.

Set in Iran in the decade following the 1979 Islamic Revolution, this moving, richly imagined novel is narrated by the ghost of Bahar, a thirteen-year-old girl, whose family is compelled to flee their home in Tehran for a new life in a small village, hoping in this way to preserve both their intellectual freedom and their lives. But they soon find themselves caught up in the post-revolutionary chaos that sweeps across their ancient land. Bahar’s mother, after a tragic loss, will embark on a long, eventful journey in search of meaning in a world swept up in the post-revolutionary madness.

Told from the wise yet innocent gaze of a young girl, The Enlightenment of the Greengage Tree speaks of the power of imagination when confronted with cruelty, and of our human need to make sense of trauma through the ritual of storytelling itself. Through her unforgettable characters, Azar weaves a timely and timeless story that juxtaposes the beauty of an ancient, vibrant culture with the brutality of an oppressive political regime. Compre aqui (em inglês).

 

Malina, de Ingeborg Bachmann

[há uma edição em português datada de 1993 no Estante Virtual] “Malina é um romance que expoe seu processo de criação. Se constroi no espaço de tensão entre a busca da plenitude e a impossibilidade de alcança-la. Viena, final do século 20. Um triangulo amoroso entre uma escritora, um funcionário público e um húngaro por quem ela estará, aparentemente, apaixonada – é a trama.”

 

Manual da faxineira, de Lucia Berlin

“Lucia Berlin teve uma vida repleta de eventos e reviravoltas. Aos 32 anos, já havia vivido em diversas cidades e países, passado por três casamentos e trabalhado como professora, telefonista, faxineira e enfermeira para sustentar os quatro filhos. Lutou contra o alcoolismo por anos antes de superar o vício e tornou-se uma aclamada professora universitária em seus últimos anos de vida. Desse vasto repertório pessoal, Berlin tira inspiração para escrever os contos que a consagraram como uma mestre do gênero. Com a bravura de Raymond Carver, o humor de Grace Paley e uma mistura de inteligência e melancolia, Berlin retrata milagres da vida cotidiana, desvendando momentos de graça em lavanderias, clínicas de desintoxicação e residências de classe alta da Bay Area.” Compre aqui.

 

 

Esboço, de Rachel Cusk

Ao mesmo tempo desprovido de artifícios e literário ao extremo, este romance inaugura uma trilogia que transformou a literatura contemporânea.

Quando Esboço foi publicado originalmente, em 2014, um pequeno furor tomou conta do mundo literário. Como era possível uma trama tão simples e uma escrita tão desprovida de artifícios produzir um efeito tão poderoso? Uma escritora vai a Atenas, num verão particularmente quente, para ministrar um curso de criação literária. Ela propõe aos alunos exercícios de narrativa. Ela vai a restaurantes com amigos. Ela sai para um passeio de barco com um grego que encontra no avião. As pessoas a seu redor falam livremente sobre suas fantasias, ansiedades, teorias, arrependimentos e desejos. A vida familiar ocupa o centro das conversas: relacionamentos interrompidos, casamentos frustrados, os dilemas da maternidade, as encruzilhadas profissionais à medida que a idade avança. Esboço é o primeiro de livro de uma trilogia magistral ― os seguintes são Trânsito e Kudos ―, a ser lembrada como uma das grandes conquistas literárias do nosso tempo.” Compre aqui.

 

O ano do pensamento mágico, de Joan Didion

“De uma das escritoras mais icônicas dos EUA, um retrato de um casamento e de uma vida, sem uma gota de autopiedade e escrito em um estilo envolvente e emocionante. Neste livro, Joan Didion narra o período de um ano que se seguiu à morte de seu marido, o também escritor John Gregory Dunne, e a doença de sua única filha. Feito com uma dose de sinceridade e paixão, O ano do pensamento mágico nos revela uma experiência pessoal e, ao mesmo tempo, universal. É um livro sobre a superação e sobre a nossa necessidade de atravessar – racionalmente ou não – momentos em que tudo o que conhecíamos e amávamos deixa de existir.” Compre aqui.

 

A devolvida, de Donatella Di Pietrantonio

“Considerado um dos grandes romances da Itália, onde vendeu mais de 250 mil exemplares, com direitos negociados para mais de 25 países, e adaptações no teatro e no cinema, a autora Donatella Di Pietrantonio traz uma história sensível e emocionante. Aos 13 anos, uma garota é levada do lar abastado onde vive para uma casa estranha e com pessoas que dizem ser seus pais e irmãos. Na pequena cidade italiana todos conhecem sua história: ela é a criança que os pais naturais, pobres e de família numerosa, “deram” a um parente que não podia ter filhos e que este a devolveu quando a menina frequentava o ensino médio, não por maldade, mas porque a vida pode ser mais complexa do que imaginamos e nos força a fazer escolhas dolorosas. Ela era a devolvida. Sentia-se como uma estrangeira na nova casa e, desde então, a palavra “mãe” travara em sua garganta. Privada até de um adeus por aqueles que sempre acreditou serem seus pais, ela se vê incrédula ao enfrentar o sofrimento de ser abandonada novamente de forma repentina. “Minha vida anterior me distinguiu, me isolou na nova família. Quando voltei, falava outra língua e não sabia mais a quem pertencia”. Forçada a crescer para reintegrar-se ao seu núcleo original, ela vive uma sensação de subtração, de gente esvaziada de significado, e nos ensina em meio à dor como encontrar sentido quando tudo parece desmoronar.” Compre aqui.

 

Disoriental, de Négar Djavadi

[sem edição em português] “At the heart of this sweeping saga of twentieth-century Iran is the unforgettable story of Kimiâ Sadr-punk-rock aficionado, storyteller extraordinaire, a modern Scheherazade divided between family traditions and her “disorientalization.”

Kimiâ fled Iran at the age of ten in the company of her mother and sisters to join her father in France. Now twenty-five, she’s inundated by her own memories and the stories of her ancestors. In the waiting room of a Parisian fertility clinic, generations of flamboyant Sadrs return to her, including her formidable great-grandfather Montazemolmolk, with his harem of fifty-two wives, and her parents, Darius and Sara, stalwart opponents of each regime that befalls them.

At once a sweeping saga of twentieth-century Iran and an intimate story of a young woman’s determination to create a future on her own terms.” Compre aqui (em inglês).

 




 

O amante, de Marguerite Duras

“Prêmio Goncourt em 1984, com mais de 2 milhões e meio de exemplares vendidos apenas na França, este romance autobiográfico acompanha a tumultuada história de amor entre uma jovem francesa e um rico comerciante chinês na Indochina pré-guerra. Com uma prosa intimista e certeira, Duras evoca a vida nas margens de Saigon nos últimos dias do império colonial da França e relembra não só sua experiência, mas também os relacionamentos que separaram sua família e que, prematuramente, gravaram em seu rosto as marcas implacáveis da maturidade.” Compre aqui.

 

 

Os anos, de Annie Ernaux

“Uma das principais escritoras francesas da atualidade, Annie Ernaux, empreende neste livro a ambiciosa e bem-sucedida tarefa de escrever uma autobiografia impessoal. Com ousadia e precisão estilística, ela lança mão de um sujeito coletivo e indeterminado, que ocupa o lugar do eu para dar luz a um novo gênero literário, no qual recordações pessoais se mesclam à grande História, numa evocação do tempo única. Nascida em 1940, em uma pequena cidade no interior da França, Ernaux pertence a uma geração que veio ao mundo tarde demais para se lembrar da guerra, mas que foi receptora imediata das recordações e mitologias familiares daquele tempo. Uma geração que nasceu cedo demais para estar à frente de Maio de 68, mas que ainda assim viu naquelas manifestações a possibilidade dos mais jovens de uma liberdade que por pouco não pode gozar. Finalista do International Booker Prize e vencedor dos prêmios Renaudot na França e Strega na Itália, Os anos é uma meditação filosófica poderosa e uma saborosa crônica de seu tempo. Pela prosa original de Ernaux, vemos passar seis décadas de acontecimentos, entre eles a Guerra da Argélia, a revolução dos costumes, o nascimento da sociedade de consumo, as principais eleições presidenciais francesas, a virada do milênio, o 11 de Setembro e as inovações tecnológicas, signo sob o qual vivemos até hoje.” Compre aqui.

 

Léxico familiar, de Natalia Ginzburg

““Neste livro, lugares, fatos e pessoas são reais. Não inventei nada”, escreve Natalia Ginzburg sobre sua obra mais célebre, Léxico familiar, de 1963. Nos anos 1930, como consequência da criação de leis raciais na Europa, inúmeras famílias foram obrigadas a deixar seu lar, tornando-se apátridas ou sendo literalmente destroçadas pela guerra que se seguiu. É nesse cenário que se inscrevem as memórias de Ginzburg. Nelas, o vocabulário afetivo de um clã de judeus antifascistas se contrapõe a um mundo sombrio, atravessado pelo autoritarismo. Trata-se de uma história de resistência, narrada em tom menor, e, sobretudo, da gênese de uma das escritoras mais poderosas do nosso tempo. “Natalia escreve com precisão e fluidez, com genuíno amor às pessoas e às palavras.” ― Alejandro Zambra, em prefácio inédito escrito para esta edição “Uma obra-prima […] Um romance que apresenta à geração de leitores de Elena Ferrante a incomparável obra de Natalia Ginzburg.” ― The New Yorker” Compre aqui.

 

The conservationist, de Nadine Gordimer

[há uma edição em português de Portugal, porém esgotada] “Mehring is rich. He has all the privileges and possessions that South Africa has to offer, but his possessions refuse to remain objects. His wife, son, and mistress leave him; his foreman and workers become increasingly indifferent to his stewardship; even the land rises up, as drought, then flood, destroy his farm.” Compre aqui.

 

Destinos e fúrias, de Lauren Groff

“Toda história tem dois lados. Todo relacionamento tem duas perspectivas. E às vezes a chave para um grande casamento não está em suas verdades, mas em seus segredos.

Aos 22 anos, Lotto e Mathilde são jovens, perdidamente apaixonados e destinados ao sucesso. Eles se conhecem nos últimos meses da faculdade e antes da formatura já estão casados. Seguem-se anos difíceis, mas românticos: reuniões com amigos no apartamento em Manhattan; uma carreira que ainda não paga as contas; uma casa onde só cabem felicidade e sexo bom. Uma década depois, o caminho tornou-se mais sólido. Ele é um dramaturgo famoso e ela se dedica integralmente ao sucesso do marido. A vida dos dois é invejada como a verdadeira definição de parceria bem-sucedida.

Porém, nem tudo é o que parece; toda história tem dois lados, e em um casamento essa máxima se faz ainda mais verdadeira. Se em “Destinos” somos seduzidos pela imagem do casal perfeito, em “Fúrias” a tempestuosa raiva de Mathilde se revela fervendo sob a superfície. Em uma reviravolta emocionalmente complexa, o que começou como uma ode a uma união extraordinária se torna muito mais.

Com profundidade e um emaranhado de tramas, a prosa vibrante e original de Destinos e fúrias comove, provoca e surpreende. Um romance sobre os muitos casamentos possíveis entre o amor, a arte e o poder e sobre os diferentes pontos de vista pelos quais essas combinações podem ser enxergadas.” Compre aqui.

 

Maternidade, de Sheila Heti

Um romance provocador e corajoso sobre o desejo e o dever de procriar, escrito pela brilhante escritora canadense Sheila Heti.

Em Maternidade, Sheila Heti reflete sobre os ganhos e as perdas para uma mulher que decide se tornar mãe, tratando a decisão que mais traz consequências na vida adulta com a franqueza, a originalidade e o humor que lhe renderam reconhecimento internacional por seu livro anterior, How Should a Person Be?.
Ao se aproximar dos quarenta anos, numa fase em que todas as suas amigas se perguntam quando irão ter filhos, a narradora do romance intimista e urgente de Heti ― no limiar entre a ficção e autorreflexão ― questiona se aquela é uma experiência que ela quer ter. Numa narrativa que se estende ao longo de muitos anos, moldada a partir de conversas com seus pares e seu parceiro e de sua relação com os pais, ela se vê em um embate para fazer uma escolha sábia e coerente. Depois de buscar ajuda na filosofia, no próprio corpo, no misticismo e no acaso, ela descobre a resposta num lugar bem mais familiar do que imaginaria.” Compre aqui.

 

A pianista, de Elfriede Jelinek

“A escrita envolvente de Jelinek, com seu ritmo e idiossincrasia próprios, transportados com maestria ao português por Luis S. Krausz, narra em ordem não linear a história de Erika Kohut, concertista frustrada que se limita a dar aulas de piano no Conservatório de Viena. Aos 36 anos, Erika ainda mora na casa da mãe, com quem divide a mesma cama. A relação das duas é, ao mesmo tempo, de dependência e ódio. Em uma das primeiras passagens do romance, vemos uma luta que transcende o jogo de nervos e se torna física; por fim, Erika arranca um tufo dos cabelos da mãe. No transcorrer do romance, surge entre as duas o pior pesadelo para a mãe: um homem que se apaixona pela filha, Walter Klemmer, estudante de música. A devoção de Klemmer é manipulada por Erika, que faz dessa paixão uma neurótica relação masoquista – registrada numa carta em que a pianista pede para ser torturada pelo jovem –, enquanto deflagra uma guerra doméstica contra a mãe.” Compre aqui.

 

Breasts and Eggs, de Mieko Kawakami

[sem ediçao em português] “On a sweltering summer day, Makiko travels from Osaka to Tokyo, where her sister Natsu lives. She is in the company of her daughter, Midoriko, who has lately grown silent, finding herself unable to voice the vague yet overwhelming pressures associated with adolescence. The story of these three women reunited in a working-class neighborhood of Tokyo is told through the gaze of Natsu–thirty years old, an aspiring writer, haunted by hardships endured in her youth. Over the course of their few days together in the capital, Midoriko’s silence will prove a catalyst for each woman to confront her fears and family secrets.

On yet another blistering summer’s day eight years later, Natsu, during a journey back to her native city, struggles with her own indeterminate identity as she confronts anxieties about growing old alone and childless.

One of Japan’s most important and best-selling writers, Mieko Kawakami mixes stylistic inventiveness, wry humor, and riveting emotional depth to tell a story of contemporary womanhood in Japan. Breasts and Eggs recounts the intimate journeys of three women on the path to finding peace and futures they can call their own.” Compre aqui (em inglês)

 

Intérprete de males, de Jhumpa Lahiri

“Vencedora do Prêmio Pulitzer de melhor ficção, a coleção de contos de estreia de Jhumpa Lahiri marcou, em 2000, sua entrada no mundo da literatura. Além disso, Intérprete de males também faz parte de uma primeira leva de certo tipo de literatura que tem ganhado cada vez mais espaço nas livrarias de todo mundo e cujos olhos estão voltados para a vivência entre duas culturas distintas, e para as relações determinadas por este processo: o exílio, a saudade, o desarraigamento, a inadequação, a esperança, a adaptação. A autora, uma das vozes mais importantes da literatura em língua inglesa, é convidada da Flip em 2014. Nos nove contos que compõem o livro, o leitor verá sempre certo incômodo, certa maneira de estar num lugar de um modo desconfortável, uma espera sem nome e sobressaltos do entendimento desse processo. E é com esse olhar – que sempre vai e volta entre o espaço de estar e o espaço de querer estar – que Jhumpa trará histórias tocantes, nem sempre pelo enredo – que faz da simplicidade seu trunfo – mas certamente pela delicadeza de sua narrativa, e sobretudo pelo olhar arguto para tudo que revele um sentimento, uma tensão, uma espera. É assim que surge um casal na iminência da separação, vivendo seus últimos momentos sob um apagão de energia em “Uma situação temporária”; ou o menino, filho de mãe solteira, ocidental, que conhece na convivência com a babá indiana o sofrimento da saudade e da distância que ele não imaginava que houvesse (“A casa da senhora Sem”); ou a família indiana que mora há anos nos EUA, e que lá cria os filhos segundo o “american way of life”, que encontra nas férias na Índia a ocasião para destilar sua insatisfação, sua dor, seu deslocamento, no conto que dá título ao livro. Cada conto, portanto, transita entre o ocidente e o oriente, e as personagens introjetam a tal ponto o ambiente em que vivem que são elas mesmos, mais que os representantes dos países de onde vêm, ou no qual estão, o próprio retrato dessa imensa viagem.” Compre aqui.

 

O quinto filho, de Doris Lessing

[ há uma edição de 1988 disponivel na Estante Virtual ] “Harriet e David Lovatt querem as mesmas coisas: fidelidade, amor, vida familiar e, acima de tudo, um lar duradouro. Teimosamente em desacordo com a moda da década de 1960, resolvem se casar, e lançam as fundações de seu porto seguro numa casa vitoriana que não segue os padrões normais; A princípio tudo é idílico. Filhos ocupam suas vidas e parentes reunidos se comprimem em torno da mesa da cozinha no Natal e na Páscoa, aproveitando sofregamente o calor e a solidez do lar dos Lovatt. É com o quinto filho que as coisas começam a ficar amargas. A criança se mexe dentro de Harriet cedo demais, com demasiada violência. Depois de um nascimento difícil, ele se desenvolve mais depressa e cresce muito mais que as crianças normais; não gosta de ninguém, e é instintivamente repelido pelos irmãos. Inexoravelmente, a sua presença alienígena vai destruindo o sonho de uma família feliz.”

 

A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector

“Romance original, desprovido das características próprias do gênero, A paixão segundo G.H. conta, através de um enredo banal, o pensar e o sentir de G.H., a protagonista-narradora que despede a empregada doméstica e decide fazer uma limpeza geral no quarto de serviço, que ela supõe imundo e repleto de inutilidades. Após recuperar-se da frustração de ter encontrado um quarto limpo e arrumado, G.H. depara-se com uma barata na porta do armário. Depois do susto, ela esmaga o inseto e decide provar seu interior branco, processando-se, então, uma revelação. G.H. sai de sua rotina civilizada e lança-se para fora do humano, reconstruindo-se a partir desse episódio. A protagonista vê sua condição de dona de casa e mãe como uma selvagem. Clarice escreve: “Provação significa que a vida está me provando. Mas provação significa também que estou provando. E provar pode se transformar numa sede cada vez mais insaciável.”” Compre aqui.




Arquivo das crianças perdidas, de Valeria Luiselli

“Mesclando a crise familiar com a crise política do país, Arquivo das crianças perdidas mostra uma empatia única com a situação atual. Através de diversas vozes, sons e imagens, Valeria Luiselli cria um romance virtuoso. Uma família viaja de carro de Nova York para o Arizona durante as férias de verão, com o objetivo de chegar até a terra dos Apaches. No carro, eles passam o tempo como podem, com jogos e música, mas no rádio a notícia da “crise da imigração” não para de aparecer. Centenas de crianças cruzam a fronteira do México para os Estados Unidos só para serem presas do outro lado ― ou pior, ficarem perdidas no deserto. Conforme a família passa pelos estados do Tennessee, Oklahoma e Texas, a crise que eles mesmos enfrentam se torna mais clara. Os pais se distanciam cada vez mais, e as crianças ― um menino e uma menina ― são puxadas para o abismo que se abre. Um livro de temática ampla, Arquivo das crianças perdidas reflete a onipresença da “crise da imigração” ao deixá-la como pano de fundo constante ― Luiselli nunca traz a política para o foco de sua narrativa, mas sempre a insere no contexto. Arquivo das crianças perdidas é também uma crítica à tecnologia, uma análise sobre a volta do rádio como importante meio de comunicação, a estética vintage, entre outros. Mas seu maior tema é a escuta: este livro mostra como precisamos escutar tudo a nossa volta para melhor entender o mundo em que vivemos.” Compre aqui.

 

A ilha de Arturo, de Elsa Morante

“Elsa Morante (1912-1985) costumava dizer que, no fundo, se sentia “um menino”. E afirmou certa vez, parodiando Flaubert, “Arturo sou eu”. Referia-se ao personagem narrador de A ilha de Arturo – memórias de um garoto, uma assombrosa evocação da infância e da puberdade, que a CARAMBAIA lança com tradução de Roberta Barni. Figura fundamental e singular da vida intelectual na Itália do pós-guerra, Morante não teve, em vida, o reconhecimento merecido fora de seu país, em parte pela discrição pessoal e em parte pela história de vida. Entre 1941 e 1961, a autora viveu com Alberto Moravia, o mais conhecido escritor italiano de seu tempo. Quando se casaram, ele já era um nome consagrado, e ela tinha publicado apenas um volume de contos. Moravia produzia febrilmente, e Morante destruía a maior parte dos escritos, além de costumeiramente recusar entrevistas. O círculo de amigos da autora, que incluía a romancista Natalia Ginzburg, o cineasta e poeta Pier Paolo Pasolini e o filósofo Giorgio Agamben, também se distinguia das companhias do marido. E, se Moravia era frequentemente associado à escola neorrealista, Morante pretendia tudo, menos se filiar a esse filão, como observa Davi Pessoa no posfácio dessa edição. A ilha de Arturo se passa às vésperas da Segunda Guerra Mundial em Procida, ilha na região de Nápoles em que o personagem vive uma vida de liberdade e imaginação, sem escola, mas plena de livros e natureza selvagem. A mãe do garoto de 14 anos morreu no seu nascimento e o pai, Wilhelm Gerace, que ele idolatra acima de todas as coisas, passa grande parte do tempo em viagens misteriosas que alimentam os devaneios de Arturo. Os dois vivem no palácio decaído de um amigo de Gerace que acumulou dinheiro e detestava todas as mulheres. Pai e filho desprezam a retraída população da ilha – onde as mulheres se cobrem inteiramente de preto – e admiram apenas os ocupantes de uma prisão instalada numa elevação de Procida. A segurança de Arturo, para quem a solidão parecia um “estado natural”, é abalada pela chegada da nova esposa do pai, apenas dois anos mais velha do que ele. Sentimentos violentos e confusos começam a aflorar. Acostumado a um pai valente e às vezes cruel, Arturo é levado a conviver com uma adolescente de natureza doce e submissa que dá à luz um meio-irmão. No decorrer do enredo, o garoto se vê diante do despertar do desejo e, mais tarde, de uma revelação sobre o pai. A ilha de Arturo é um romance de formação complexo e contraditório, em que o aprendizado é corroído por emoções brutais e incontroláveis. Temas como misoginia, homossexualidade, amores interditados e narcisismo permeiam uma narrativa que mistura realismo e tons de fábula, nostalgia e ilusão. No ano de sua publicação, 1957, A ilha de Arturo ganhou o prêmio Strega, o principal reconhecimento literário italiano. Cinco anos depois, o enredo foi levado ao cinema num filme homônimo dirigido por Damiano Damiani. A capa da edição da CARAMBAIA, que sai pelo selo Ilimitada, é do estúdio ps.2. O volume tem encadernação em capa dura com papel especial dourado, com títulos e desenhos impressos em serigrafia. Elsa Morante nasceu em Roma num lar tumultuoso como viria a ser toda a sua vida – a mãe, depressiva, mantinha uma relação de amor e ódio com o padrasto. Assim que pôde, Elsa foi morar sozinha. Não tinha como continuar estudando e lutava para sobreviver. Nesse período, publicou histórias em suplementos infantis de jornais de grande circulação. Casou-se com Moravia em 1941, já então perseguido pelo fascismo. No mesmo ano saiu o primeiro livro de Morante, a reunião de contos Jogo secreto. Em 1943, o casal se refugiou nas montanhas de Fondi, na região central da Itália. Além de abertamente antifascistas, ambos eram filhos de judeus: Morante por parte de mãe e Moravia, de pai. Em 1948, a escritora publicou seu primeiro romance, Mentiras e sortilégio. Nesse período, o casamento turbulento tornou-se uma relação aberta, até a separação em 1961. A ilha de Arturo veio à luz em 1957, e teve a melhor recepção crítica que Morante recebeu em vida. Mais 17 anos se passaram até o aparecimento do quarto e último romance, A história, cujo enredo se relaciona diretamente com a experiência da autora sob o fascismo. A protagonista do livro é filha de mãe judia, mas só passa a identificar-se como tal depois de ameaçada de perseguição. Morante fez questão de lançar o volume em edição simples e barata, e as vendas chegaram a 1 milhão de exemplares em um ano. “Eu deveria agradecer Mussolini”, ironizou. “Quando os alemães ocuparam Roma, em 1943, eu aprendi uma grande lição, a lição do terror.” Morante morreu em 1985.” Compre aqui.

 

Amada, de Toni Morrison

Baseado numa história real, Amada é ambientado em 1873, época em que os Estados Unidos começavam a lidar com as feridas da escravidão recém-abolida. Com estilo sinuoso, Toni Morrison constrói uma narrativa complexa, que entrelaça com maestria brutalidade e lirismo.

Nova edição do livro mais conhecido da escritora americana Toni Morrison, prêmio Nobel de Literatura de 1993, Amada ganhou o Pulitzer de 1988 e em 2006 foi eleito pelo New York Times a obra de ficção mais importante dos últimos 25 anos nos Estados Unidos. Em 1998 recebeu uma adaptação cinematográfica – Bem-amada –, com Oprah Winfrey no papel principal.
Sethe é uma ex-escrava que, após fugir da fazenda em que era mantida cativa com os filhos, foi refugiar-se na casa da sogra em Cincinatti. No caminho, ela dá à luz um bebê, a menina Denver, que vai acompanhá-la ao longo da história. A relação familiar, bem como os traumas do passado escravizado, transformarão a vida e o futuro de ambas de forma irreversível.
Amada segue uma estrutura não-linear, viaja do presente ao passado, alterna pontos de vista e sonda cada uma das facetas desta história sombria e complexa. Considerado um clássico contemporâneo, este livro faz um retrato ao mesmo tempo lírico e cruel da condição do negro no fim do século XIX nos Estados Unidos.

“A versatilidade e a abrangência técnica e emocional de Toni Morrison não têm limites. Não há como duvidar de sua estatura como uma das personalidades mais proeminentes da literatura americana de todos os tempos. Amada é um livro arrepiante.” – Margaret Atwood, The New York Times”  Compre aqui.

 

Vida querida, de Alice Munro

“Como nas demais coleções de contos da autora, mestre da forma breve, nos vemos diante de personagens que caminham nas beiradas da existência, arrancadas de seu cotidiano por golpes incisivos do destino e da loucura. Mas este ‘Vida querida’ tem um diferencial que o coloca num nível novo; a última parte do livro traz as quatro únicas narrativas autobiográficas já publicadas por Munro, que emprega toda a sua habilidade literária para rever sua vida, além de refletir sobre o ato de narrar, a ficção e os temas que regem sua obra – memória, trauma, morte. Vida – vida.” Compre aqui.

 

 

O sino, de Iris Murdoch

[sem edição em português] “A lay community of thoroughly mixed-up people is encamped outside Imber Abbey, home of an order of sequestered nuns. A new bell is being installed when suddenly the old bell, a legendary symbol of religion and magic, is rediscovered. And then things begin to change. Meanwhile the wise old Abbess watches and prays and exercises discreet authority. And everyone, or almost everyone, hopes to be saved, whatever that may mean. Originally published in 1958, this funny, sad, and moving novel is about religion, sex, and the fight between good and evil.

For more than seventy years, Penguin has been the leading publisher of classic literature in the English-speaking world. With more than 1,700 titles, Penguin Classics represents a global bookshelf of the best works throughout history and across genres and disciplines. Readers trust the series to provide authoritative texts enhanced by introductions and notes by distinguished scholars and contemporary authors, as well as up-to-date translations by award-winning translators.” Compre aqui (em inglês).

 

Acabadora, de Michela Murgi

“Fenômeno de vendas na Itália, vencedor de prêmios renomados, como o Campiello e o Supermodello, Acabadora narra a história de Maria Listru, uma menina que, num vilarejo na Sardenha, Itália, nos anos 1950, precisa aprender a crescer em meio a segredos e à constante presença da morte. Nascida em uma família sem condições de sustentá-la, aos seis anos de idade é adotada por Bonaria Urrai, uma mulher mais velha, solitária e de poucas palavras, mas muito respeitada no vilarejo em que vive. Desde cedo, a jovem aprende o ofício de costureira com a tia Bonaria, que, no entanto, esconde outra vocação, proibida e controversa. Ela é uma acabadora, aquela que faz o sofrimento cessar, acolhendo pela última vez as pessoas e ajudando-as a abandonar a vida. Para os habitantes de Soreni, é ela quem visita as pessoas que estão no fim da vida e ajuda o destino a se cumprir. Maria e Bonaria vivem como mãe e filha, apesar de o povoado estranhar que a reservada senhora tenha decidido adotar a caçula dos Listru. Bonaria não só ensina à menina seu ofício de costureira; ela também a prepara para as batalhas que a aguardam, transmitindo a humildade de acolher tanto a vida como a morte. Ao crescer, Maria será marcada por dois fatos. Primeiro, pelo amor, ao conhecer o jovem Andría Bastíu. Em seguida, pela descoberta da segunda atividade que tia Bonaria exerce. Romance carregado de emoções, Acabadora apresenta um mundo agreste, regulado por tradições seculares e semeado pela culpa, onde Maria terá de decifrar tanto o amor quanto a morte.” Compre aqui.

 

O baile, de Irene Nemirovsky

[sem edição em português] “A pointed exploration of adolescence and the obsession with status among the bourgeoisie” Compre aqui (em inglês)

 

Blonde, de Joyce Carol Oates

“Em um de seus livros mais inovadores, Joyce Carol Oates reimagina a vida pessoal, profissional e poética de Norma Jeane Baker — a criança, a adolescente e a celebridade que o mundo viria a conhecer como Marilyn Monroe. Com uma narrativa intensa e conflituosa, a obra é um retrato poderoso sobre um mito hollywoodiano e sobre a realidade por trás de uma mulher extraordinária. No primeiro volume de Blonde, é apresentada a juventude — pontuada por sua complicada relação com a mãe e pelo pai que nunca conheceu —, o casamento e a sexualização precoces e os primeiros trabalhos de uma das figuras mais famosas e trágicas do mundo do cinema.” Compre aqui.

 

 

The Love Object, de Edna O’Brien

[sem edição em português] “As John Banville writes in his introduction to The Love Object, Edna O’Brien “is, simply, one of the finest writers of our time.” The thirty-one stories collected in this volume provide, among other things, a cumulative portrait of Ireland, seen from within and without.

Coming of age, the impact of class, and familial and romantic love are the prevalent motifs, along with the instinct toward escape and subsequent nostalgia for home. Some of the stories are linked and some carry O’Brien’s distinct sense of the comical. In “A Rose in the Heart of New York,” the single-mindedness of love dramatically derails the relationship between a girl and her mother, while in “Sister Imelda” and “The Creature” the strong ties between teacher and student and mother and son are ultimately broken. “The Love Object” recounts a passionate affair between the narrator and her older lover.

The magnificent, mid-career title story from Lantern Slides portrays a Dublin dinner party that takes on the lives and loves of all the guests. More recent stories include “Shovel Kings” — “a masterpiece of compression, distilling the pain of a lost, exiled generation” (Sunday Times) — and “Old Wounds,” which follows the revival and demise of the friendship between two elderly cousins.

In 2011, Edna O’Brien’s gifts were acknowledged with the most prestigious international award for the story, the Frank O’Connor Short Story Award. The Love Object illustrates a career’s worth of shimmering, potent prose from a writer of great courage, vision, and heart.” Compre aqui (em inglês)

 

Um homem bom é difícil de encontrar, de Flannery O’Connor

“Um homem bom é difícil de encontrar e outras histórias, lançado em 1955, é a mais famosa de todas as obras de Flannery O’Connor e aquela que a consagrou como uma das maiores escritoras do século XX. Enraizados na tradição gótica do sul dos Estados Unidos, os dez contos aqui reunidos revelam uma visão de mundo um tanto peculiar, em que o grotesco, o simbolismo religioso, o humor, a violência, a presença da graça divina e situações excepcionalmente tragicômicas se mesclam para revelar as complexidades do comportamento humano e, acima de tudo, a busca dos homens pela redenção.” Compre aqui.

 

 

 

Evening Descends Upon the Hills: Stories from Naples, de Anna Maria Ortese

[sem edição em português] “A highly evocative classic set in Italy’s most vibrant and turbulent metropolis in the immediate aftermath of World War Two. Anna Maria Ortese was one of the most celebrated and original Italian writers of the Twentieth Century. Her stories and reportage, collected in this volume, form a powerful portrait of ordinary lives, both high and low, family dramas, love affairs, and struggles to pay the rent, set against the crumbling courtyards of the city itself, and the dramatic landscape of Naples Bay.” Compre aqui (em inglês)

 




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