Sinopse: “A única pista que Alberto tem sobre a série de assassinatos que está acontecendo é que vítimas ruivas recebem um escaravelho pelo correio antes de morrer. Ele precisa descobrir o que está por trás desses crimes misteriosos antes que outras mortes ocorram na cidade.”
O Escaravelho do Diabo, escrito por Lúcia Machado de Almeida e integrante da série Vaga-lume, é considerado um clássico da literatura infanto-juvenil nacional. Lançado em 1972, teve inúmeras reedições e volta a figurar nas listas de leitura atualmente devido ao lançamento da adaptação cinematográfica, prevista para estrear em abril deste ano.
A série Vaga-lume foi fundamental para a minha formação como leitora, junto aos gibis e as revistas com temática infantil do final dos anos 90. Contudo, sinceramente, não me recordo de ter lido este título específico de Lúcia Machado de Almeida, autora também de Xisto no Espaço, O Caso da Borboleta Atíria e Spharion. Resolvi ler, pois, sempre que possível, gosto de ler o livro antes de assistir ao filme.
Trata-se de um mistério que se passa na cidade de Vista Alegre, interior de São Paulo, onde uma série de assassinatos acometem pessoas ruivas. A primeira vítima é Hugo, e seu irmão, Alberto, estudante de medicina, passa a ajudar a polícia a desvendar o mistério das mortes que seguem a de seu irmão. Além da cor dos cabelos e da pele sardenta, outro fator comum entre os crimes é que uma caixinha com um besouro é enviada às vítimas, pouco antes de seus assassinatos.
Confesso que tinha as mais altas expectativas para esta leitura, mas não a considerei tão boa assim. Talvez, por ser um livro infanto-juvenil as pontas soltas no enredo devam ser perdoadas, mas algumas coisas me incomodaram nesta leitura:
1) As personagens femininas são muito mal desenvolvidas. São bobas, fúteis, altamente infantilizadas. O livro é de 1972, mas temos inúmeros exemplos de histórias muito mais antigas em que as personagens femininas são retratadas de melhor forma, principalmente levando em consideração que O Escaravelho do Diabo foi escrito justamente por uma mulher.
2) Alberto parece esquecer muito rápido a morte do irmão. Ele é mencionado poucas vezes, o que achei estranho. Descobrir o assassino era quase uma aventura para ele e seu relacionamento com Verônica também não foi muito interessante. Na verdade, em alguns momentos achei bem chato (muito também devido ao que mencionei anteriormente sobre as mulheres da história).
3) Alguns acontecimentos são muito corridos, desta forma, inverossímeis. Mas essa parte temos que dar um desconto, pois, é sempre bom lembrar, trata-se de uma história voltada ao público infanto-juvenil.
No geral, a ideia do romance é muito boa. Fiquei animada para assistir ao filme, que, pelo trailer, mostra que foram feitas algumas alterações no enredo. Que venham mais adaptações dos nossos livros, o cinema nacional merece (e nós também!).
Título: O Escaravelho do Diabo
Autora: Lúcia Machado de Almeida
Editora: Ática
Páginas: 128
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Veja o trailer:
Eu era/sou muito fã da coleção vaga-lume! Agora quero reler um que eu amava, “Sozinha no mundo”, do Marcos Rey. Vamos ver como vai ser!
Bjs 🙂
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