[RESENHA] VIDAS MUITO BOAS, DE J. K. ROWLING

[RESENHA] VIDAS MUITO BOAS, DE J. K. ROWLING

Sinopse: “Como podemos aproveitar o fracasso?” “Como podemos usar nossa imaginação para melhorar a nós e os outros?”. J.K. Rowling responde essas e outras perguntas provocadoras em Vidas muito boas, versão em livro do famoso discurso de paraninfa da autora da série Harry Potter na Universidade de Harvard, que chega às livrarias brasileiras no dia 7 de outubro. Baseado em histórias de seus próprios anos como estudante universitária, a autora mundialmente famosa aborda algumas das mais importantes questões da vida com perspicácia, seriedade e força emocional. Um texto cheio de valor para os fãs da escritora e surpreendente para todos que buscam palavras inspiradoras.

 

Eu sempre digo que não gosto muito de livros de autoajuda. E não gosto mesmo. Mas antes de fazer essa afirmação categórica, passei anos lendo livros que visavam transformar a minha vida assim que eu terminasse de ler a última palavra e fechasse o volume. Desde casos reais que me colocariam no caminho da riqueza, até fábulas que me fariam bem sucedida. Alguns deles, indicados no curso de Administração que eu larguei faltando pouco menos que metade dos créditos para colocar as mãos em um fabuloso diploma que, eu percebi no decorrer do curso, não me levaria ao lugar que eu sonho para o meu futuro.  No geral, livros de autoajuda ajudam mesmo ao autor e as editoras, que efetivamente ganham com as inúmeras reimpressões desses livros. Muitos títulos não trazem uma mensagem consistente, apenas o pare o que está fazendo e faça o que eu digo.

Em Vidas Muito Boas, J. K. Rowling segue na contramão desses livros, e por isso a edição lindinha da editora Rocco torna-se um presente (ou um alerta) para ler ocasionalmente. O texto é, na verdade, o discurso para os formandos do ano de 2008 da Universidade de Harvard, e já foi amplamente divulgado na internet.

Talvez você esteja se perguntando por que uma pessoa que não gosta de livros de autoajuda comprou um livro justamente de autoajuda que já foi amplamente divulgado na internet. Compra compulsiva? Edição bonitinha? Para simplesmente escrever esse texto? A resposta é um pouco de tudo isso, e mais: palavras como essas de Vidas Muito Boas são necessárias em nossa vida, eventualmente. São para ouvir, ler, falar e também presentear. Aqui não temos fórmulas mágicas para amar, enriquecer ou ser o CEO magnífico top das galáxias. J. K. Rowling fala sobre suas experiências de fracasso e de como tudo o que ela passou refletiu e ainda reflete em sua vida. Não a toa que o subtítulo do livro é As vantagens do fracasso e a importância da imaginação. Ela não ensina a tirar leite de pedra, mas mostra que, se for necessário, nós conseguimos.

Recomendo muito a leitura desse discurso. Você pode começar a se inspirar assistindo ao vídeo abaixo. Particularmente, acredito que o destino do meu exemplar de Vidas Muito Boas será o mesmo que os vários que eu comprei de Faça Boa Arte, de Neil Gaiman: presentear pessoas especiais a fim de que elas lembrem, de tempos em tempos, que está tudo bem cair e levantar de vez em quando. O importante é não esquecer que podemos sempre erguer a cabeça e ir em frente.

 

 

“Existe um prazo de validade para culpar os pais por guiarem vocês para o lado errado; no momento em que vocês têm idade para assumir o controle, a responsabilidade é sua.” (p. 20)

 

 

Título: Vidas Muito Boas

Autora: J. K. Rowling

Tradução: Ryta Vinagre

Editora: Rocco

Páginas: 80

Compre na Amazon: Vidas Muito Boas

 

Inspire-se agora mesmo com o discurso de J. K. Rowling em Harvard (legendado em português):

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